Queda de cabelo e doenças do couro cabeludo são causas bastante frequentes de consultas dermatológicas. Ter cabelos saudáveis é essencial para o bem-estar e autoestima de qualquer pessoa. Se você está enfrentando problemas como queda de cabelo, alopecia, alterações nos fios, descamação, coceira ou sensibilidade no couro cabeludo, saiba que essas condições podem ser tratadas com a ajuda de um dermatologista especializado. O médico dermatologista é o profissional habilitado para diagnosticar e oferecer os tratamentos mais eficazes para essas condições, recuperando a saúde dos seus cabelos e couro cabeludo.
Dr. Antônio Bonfim é médico dermatologista membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia com expertise em tratamento de doenças dos cabelos e couro cabeludo. Agende sua consulta para entender os motivos e como tratar seus problemas capilares!
O que causa a queda de cabelo?
Em condições normais, cerca de 10% dos nossos fios estão em fase de queda diariamente. Portanto, embora seja normal perder de 50 a 100 fios por dia, quando essa quantidade aumenta consideravelmente e foge do padrão normal de cada paciente, pode ser sinal de que algo não está bem com a saúde dos folículos pilosos.
Este problema é comum no consultório do dermatologista, pois a queda de cabelo pode surgir em homens e mulheres em qualquer fase da vida e leva à principal preocupação dos pacientes: “essa queda dos fios vai me deixar careca?”
Fatores como estresse, alterações hormonais, condições nutricionais, uso de medicamentos ou uso excessivo de produtos ou procedimentos agressivos para as hastes capilares ou até doenças como as diversas formas de alopecia podem contribuir para a queda excessiva de cabelo, levando a perda perceptível da densidade dos cabelos ou áreas de falhas visíveis no couro cabeludo.
Se você está notando que o seu cabelo está caindo mais do que o seu padrão habitual, o primeiro passo é buscar a orientação de um dermatologista. O profissional será capaz de investigar adequadamente as causas do problema e oferecer o melhor tratamento.
Em alguns casos, a perda de cabelos pode ser temporária, como nos episódios de eflúvio telógeno, mas algumas doenças capilares podem levar à perda definitiva dos cabelos, sendo necessária uma abordagem terapêutica especializada. Quando a queda capilar ocorre devido a desajustes transitórios do ciclo de crescimento e queda dos fios, remover fatores agravantes e ter alguns cuidados orientados pelo dermatologista pode ser suficiente para aguardar a resolução do problema. Porém, quando existem doenças inflamatórias no couro cabeludo ou alopecia androgenética, o tratamento deverá ser mais direcionado e quanto antes for iniciado, melhor (tempo é cabelo!).
Alopecia: O que é e quais são os principais tipos?
Alopecia é o termo médico utilizado para se referir à perda de cabelo. Existem vários tipos de alopecia e cada um tem causas e tratamentos diferentes. A alopecia pode se manifestar de forma gradual ou até mesmo repentina, localizada em áreas bem delimitadas ou difusas, o que exige um diagnóstico preciso para determinar a origem do problema. Os tipos mais comuns de alopecia nas consultas dermatológicas incluem:
- Alopecia androgenética: É o tipo mais comum de perda de cabelo, geralmente associada à genética e aos hormônio. Apesar de ser mais comumente associada à calvície masculina, ela afeta tanto homens como mulheres, embora algumas características sejam diferentes em cada sexo, tanto nas apresentações clínicas quanto nas modalidades de tratamento.
- Alopecia areata: Uma condição autoimune que causa a queda em áreas específicas, resultando em regiões sem fios. Embora a causa exata ainda seja desconhecida, sabe-se que o sistema imunológico ataca erroneamente os folículos pilosos do couro cabeludo ou corpo.
- Alopecia cicatricial: Este termo engloba diversas doenças, geralmente de origem inflamatória, que levam a uma fibrose dos folículos pilosos, ou seja, a perda capilar ocorre de forma irreversível. Portanto, são doenças que apresentam uma forma de alopecia mais grave, levando a alterações estéticas permanentes e necessitando de acompanhamento especializado.
O tratamento para a alopecia deve ser individualizado e direcionado para a causa, levando em consideração o tipo e a gravidade da condição e baseado em um diagnóstico adequado.
Alopecia androgenética: a causa mais comum de alopecia
A alopecia androgenética, também conhecida como calvície hereditária, é a principal causa de perda de cabelo tanto em homens quanto em mulheres. Esta condição afeta milhões de pessoas ao redor do mundo e pode ter um grande impacto na autoestima e na qualidade de vida. A calvície é caracterizada pelo afinamento progressivo dos fios que leva, finalmente, à perda de cabelo em áreas específicas do couro cabeludo. Ela ocorre, dentre outros fatores, devido à ação dos hormônios andrógenos, que podem afetar a fase de crescimento do cabelo, tornando os fios mais finos e curtos ao longo do tempo.
A alopecia androgenética é causada por uma combinação de fatores genéticos e hormonais:
- Genética: A principal causa da alopecia androgenética é a herança genética. Se você tem histórico familiar de calvície, as chances de desenvolver a condição são maiores.
- Hormônios: Os andrógenos, hormônios sexuais que estão presentes em níveis mais elevados nos homens, desempenham um papel crucial no desenvolvimento da alopecia androgenética. Esses hormônios podem abreviar a fase de crescimento dos folículos pilosos, fazendo com que eles se tornem cada vez mais finos e curtos.
- Idade: A alopecia androgenética tende a aparecer com o tempo. Embora possa começar na adolescência ou início da idade adulta, a condição se torna mais prevalente com o envelhecimento.
Alopecia Androgenética Masculina
Nos homens, a alopecia androgenética costuma seguir um padrão característico de queda de cabelo. Ela geralmente começa nas têmporas, formando as famosas entradas, e pode se expandir para o topo da cabeça, criando uma área de calvície. Em casos mais avançados, o cabelo pode desaparecer completamente no topo da cabeça, deixando apenas áreas remanescentes nas laterais do couro cabeludo.
Alopecia Androgenética Feminina
Embora a alopecia androgenética seja mais comum nos homens, ela também pode afetar as mulheres. No caso das mulheres, o padrão de queda de cabelo é um pouco diferente. A alopecia androgenética feminina normalmente resulta em um afinamento difuso (menos evidente) no topo da cabeça, sem causar áreas de calvície total, como acontece nos homens. As mulheres não costumam desenvolver entradas ou áreas de calvície completa, mas podem perceber uma diminuição no volume dos cabelos, afinamento do rabo de cavalo ou ter maior percepção de couro cabeludo visível, principalmente com os cabelos molhados.
O início da queda de cabelo nas mulheres costuma ocorrer mais tarde na vida, geralmente após a menopausa, quando há uma diminuição na produção de estrogênio e um aumento relativo dos andrógenos. Contudo, a alopecia androgenética feminina também pode começar mais cedo, dependendo de fatores genéticos e hormonais.
Como Diagnosticar a Alopecia Androgenética
O diagnóstico da alopecia androgenética deve ser feito por um dermatologista. A avaliação começa com uma consulta detalhada, onde o médico investiga o histórico familiar, o padrão da queda de cabelo e outros possíveis fatores contribuintes. Em alguns casos, o médico pode solicitar e realizar exames complementares para confirmar o diagnóstico e avaliar a saúde do couro cabeludo.
Tratamentos para Alopecia Androgenética
Embora a alopecia androgenética não tenha cura, existem diversos tratamentos eficazes para retardar a queda de cabelo e, em alguns casos, estimular o crescimento dos fios. A escolha do tratamento depende do estágio da calvície e das características de cada paciente.
- Minoxidil: Um dos tratamentos mais utilizados para estímulo do crescimento dos fios, podendo ser usado de forma oral ou tópica, tanto em homens como em mulheres.
- Finasterida e dutasterida: São medicações que agem diminuindo a conversão de andrógenos nos folículos pilosos, retardando o processo de encurtamento da fase de crescimento dos fios.
- Luz de baixa intensidade: O uso de laser de baixa intensidade pode ajudar a estimular o crescimento capilar ao melhorar a circulação sanguínea no couro cabeludo. É uma opção não invasiva e que pode ser realizada em domicílio ou em clínicas especializadas como um coadjuvante terapêutico.
- Transplante Capilar: Para casos mais avançados de alopecia androgenética, o transplante capilar pode ser uma opção viável. Nesse procedimento, os folículos capilares de áreas com cabelo saudável (geralmente da nuca e laterais) são transplantados para as áreas afetadas pela calvície. Este é apenas um procedimento cosmético e, portanto, não exclui a necessidade de tratamento medicamentoso.
- Terapias Combinadas: Em muitos casos, uma combinação de tratamentos pode ser a melhor opção. O dermatologista é o profissional responsável pela prescrição e elaboração do melhor plano de tratamento para cada caso, sempre de forma individualizada e segura.
Apesar da calvície ser uma condição crônica, com o tratamento adequado, é possível controlar a queda de cabelo e até promover o crescimento de novos fios. Se você está notando sinais de queda de cabelo ou afinamento dos fios, é fundamental procurar a orientação de um dermatologista especializado para avaliar seu caso e recomendar a melhor abordagem terapêutica.
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Alopecia Areata: causas e tratamentos
A alopecia areata é uma doença autoimune que provoca a perda capilar de forma irregular, geralmente em áreas bem delimitadas e arredondadas do couro cabeludo. No entanto, a alopecia areata pode levar à perda de cabelos em todo o couro cabeludo (alopecia areata generalizada) ou em todos os cabelos/pelos do corpo (alopecia areata universal).
O sistema imunológico, por um motivo desconhecido, ataca os folículos pilosos, interrompendo o crescimento dos fios e levando à queda prematura dos mesmos, resultando nas placas de alopecia. Esse processo de perda capilar na alopecia areata não leva à perda definitiva dos folículos, existindo grande potencial para recuperar o aspecto normal dos cabelos com o tratamento adequado. No entanto, existem situações que podem não responder aos tratamentos disponíveis. Casos que iniciam o tratamento mais precocemente tendem a ter maior chance de recuperação dos cabelos.
Embora a causa exata da alopecia areata não esteja bem esclarecida, fatores genéticos, estresse emocional e alterações hormonais podem contribuir com o início ou agravar a condição. Além disso, por se tratar de uma doença inflamatória autoimune, é importante investigar outras condições autoimunes que possam estar associadas.
A alopecia areata é uma das condições mais desafiadoras para o médico tricologista e para os pacientes, pois pode apresentar comportamento imprevisível e geralmente traz um grande impacto psicossocial aos pacientes afetados.
O tratamento da alopecia areata geralmente envolve o uso de medicamentos para ajudar a controlar a inflamação e estimular o crescimento do cabelo. Entre os tratamentos mais comuns estão:
- Corticosteroides: Usados para reduzir a inflamação nos folículos capilares, podendo ser aplicados de forma tópica (loções, cremes, pomadas ou xampus), através de aplicações injetáveis no couro cabeludo ou sistemicamente.
- Imunoterapia tópica: Estimula o crescimento capilar através de substâncias que provocam uma resposta imunológica controlada.
- Minoxidil: Este medicamento tem potencial de ajudar a promover o crescimento de novos fios, especialmente em casos mais leves.
- Imunossupressores: Como a alopecia areata é uma doença de caráter inflamatório, muitas vezes é necessário tratar com medicações que reduzam a atividade do sistema imunológico.
É importante ressaltar que cada caso é único e a avaliação feita por um tricologista (médico dermatologista especializado no estudo e tratamento das doenças capilares) é fundamental para definir a melhor forma de abordar cada paciente.
Caspa: causas, sintomas e tratamento
A caspa é uma condição do couro cabeludo caracterizada pela presença de descamação semelhante a pó branco ou flocos amarelados, que surgem como manifestação da dermatite seborreica.
Além do desconforto estético (afinal, muitos pensam que ocorre devido à má higiene do couro cabeludo e leva a constrangimento pela presença da descamação em roupas, almofadas e nos próprios cabelos), a caspa pode vir acompanhada de coceira e irritação, que também são outros sinais da dermatite seborreica do couro cabeludo.
A causa da caspa, assim como das demais apresentações da dermatite seborreica, não é completamente elucidada, mas acredita-se que ocorra por diversos fatores, tais como:
- Produção excessiva de sebo (oleosidade): A dermatite seborreica está frequentemente associada à produção exagerada de sebo pelas glândulas sebáceas. Esse excesso de oleosidade pode criar um ambiente propício para o crescimento de microorganismos, como o Malassezia, um tipo de levedura que normalmente vive na nossa pele.
- Infecção por fungos: O Malassezia é um fungo lipofílico que prolifera em áreas de alta produção de sebo. Esse fungo pode desencadear uma resposta inflamatória na pele, causando a vermelhidão, a coceira e a descamação características da dermatite seborreica.
- Fatores genéticos: A predisposição genética pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento da dermatite seborreica. Indivíduos com histórico familiar de doenças de pele, como psoríase ou eczemas, têm maior probabilidade de desenvolver a condição.
- Fatores hormonais: As nossas glândulas sebáceas são influenciadas por hormônios alguns hormônios. Por esse motivo, mudanças hormonais como as que ocorrem durante a adolescência, gravidez ou em distúrbios endócrinos podem contribuir para o aparecimento ou agravamento da dermatite seborreica.
- Estresse: O estresse emocional e físico pode piorar os sintomas da dermatite seborreica. O estresse pode afetar o sistema imunológico e aumentar a produção de sebo, favorecendo o ambiente para a proliferação do Malassezia. Picos de estresse são frequentemente relatados por pacientes como gatilhos importantes para o desencadeamento das crises de dermatite.
- Clima e mudanças sazonais: A dermatite seborreica tende a ser mais comum durante os meses mais frios ou secos, possivelmente devido ao ar frio e à diminuição da umidade, que podem ressecar a pele e torná-la mais predisposta à inflamação. Por esse motivo, recompor a barreira cutânea com adequação da rotina de higienização e hidratação é uma parte importante do tratamento.
- Sistema imunológico enfraquecido: Pessoas com sistema imunológico comprometido podem ser mais suscetíveis à dermatite seborreica devido à menor capacidade de controlar a proliferação de microorganismos na pele. A dermatite seborreica também é mais frequente e mais severa em pacientes com doenças neurológicas ou que usam medicações com ação no sistema nervoso central.
O tratamento para a caspa varia de acordo com a causa e a intensidade do problema. Produtos como xampus anticaspa contendo ingredientes antifúngicos e queratolíticos (agentes que favorecem a adequada descamação da pele) como cetoconazol, piritionato de zinco e ácido salicílico podem ser eficazes para controlar a descamação e a coceira. No entanto, em casos mais graves, é necessário um tratamento dermatológico individualizado.
O papel do dermatologista no tratamento de queda de cabelo e outras condições capilares
O dermatologista é o profissional treinado para o diagnóstico e tratamento das condições capilares. A avaliação clínica feita por um especialista inclui uma análise detalhada da saúde do couro cabeludo e das hastes capilares, além de uma investigação sobre possíveis causas subjacentes da perda de cabelo, como alterações hormonais, doenças autoimunes ou fatores genéticos/hereditários.
O dermatologista utiliza uma série de exames, como a tricoscopia (exame que analisa o couro cabeludo e os fios com lentes de aumento) e, em alguns casos, biópsias do couro cabeludo ou tricograma, para entender melhor o que está acontecendo e fornecer o tratamento adequado.
Além disso, o tratamento de problemas capilares pode envolver diferentes abordagens, como:
- Medicamentos: Para controlar a queda de cabelo e promover o crescimento ou controlar doenças inflamatórias.
- Terapias tópicas: Como o minoxidil e outros ativos, para estimular o crescimento dos fios, controlar inflamação, oleosidade e descamação do couro cabeludo ou melhorar a cosmética das hastes capilares.
- Transplante de cabelo: Pode ser indicado para situações em que o tratamento medicamentoso isoladamente não consegue reverter a calvície. No entanto, o transplante capilar isoladamente é considerado uma cirurgia para melhora apenas estética e não exclui a necessidade de tratamento clínico associado!
- Procedimentos como MMP capilar ou mesoterapia: São procedimentos realizados em consultório pelo médico para entregar medicamentos diretamente no couro cabeludo, potencializando os resultados desejados.
- Orientação de cuidados capilares: Melhorando a alimentação e hábitos de cuidados com os cabelos, como a escolha dos produtos e a forma de lavagem.
Agende sua consulta
Se você está enfrentando problemas com queda de cabelo, alopecia, alopecia areata, caspa ou problemas dos cabelos e couro cabeludo é importante buscar a avaliação de um dermatologista tricologista. O diagnóstico correto e um tratamento adequado podem prevenir a progressão do problema e, na maioria dos casos, restaurar a saúde dos seus cabelos.
Dr. Antônio Bonfim é médico dermatologista titular pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e preceptor/coordenador de serviços de residência/especialização médica, onde atua em ambulatórios especializados de tricologia.
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